Na sua 12a edição, a descida desse curso d’água conseguiu reunir um número de participantes que superou as edições anteriores. Foram 105 participantes no total. Por água foram 75 remadores em 22 embarcações e a equipe de apoio, que se deslocou por terra, contava com 30 elementos cuja função foi vital para o sucesso da jornada.Foram usados dois caminhões, um microônibus e várias caminhonetes e automóveis de passeio.
Os pioneiros
Da equipe original alguns membros ainda participam ativamente, tanto de descer as águas como de prover e organizar a logística dos acampamentos que, no total, costumam ser três. Um na noite da chegada, outro na noite do meio do percurso e mais outro na recepção ao fim da jornada.
João Corrêa Dóglia, Diogo Madruga Duarte e Nicanor Rosa Azambuja (Tio Nica), são os representantes desses obstinados idealizadores que, por amor à natureza e por diversão, começaram, há 12 anos, com a aventura de enfrentar as águas do rio que define as fronteiras do Norte do município. Pode ser que algum outro pioneiro tenha participado, mas a constância e a dedicação desses três faz com que a jornada se confunda com eles próprios.
Os calouros
A cada ano surgem novos interessados em participar do roteiro que muda algumas vezes, e esta mudança é secundária. O cenário por onde se passa é exuberante o suficiente para não se tornar enfadonho e repetitivo.
Várias personalidades já se engajaram na turma que desce o rio. Diversas lideranças atinaram com as possibilidades de exploração mais objetiva do roteiro. Neste ano o poder público municipal esteve prestigiando fortemente a viagem. O prefeito Luiz Fernando Mainardi, a primeira-dama e secretária municipal de Educação, Márcia Mainardi, a secretária municipal de Esporte e Turismo, Marlisa Fico e a coordenadora do Parque do Gaúcho, Regina Quadros, participaram pela primeira vez do evento.
A divulgação
O que é bom fala por si mas não se vende. A idéia inicial era propiciar aos interessados e amantes da natureza, conhecer uma região ainda (graças aos céus) preservada da poluição e da ação humana devastadora. Nessa região se pode ver que um mundo melhor não só é possível, como está bem pertinho de nós. As grandes transformações que o mundo moderno apregoa (e em alguns casos realiza) naquelas margens perdem boa parte de seu sentido que, com freqüência, não olha a realidade ao seu redor. A RBS TV, esteve lá, o Jornal MINUANO, o programa Rota 20 e o veterano amante da natureza, Édison Larronda, fotógrafo e cinegrafista experiente. Todos, com seu trabalho, contribuíram e estão contribuindo de alguma forma para que esta rota turística se torne mais conhecida.
O futuro
É do gosto de cada um que participa da aventura que a paisagem não mude e que aquele santuário permaneça conservado para as gerações futuras. Muito pode ser feito a esse respeito. O incentivo e o apoio do poder público, a participação e o interesse da iniciativa privada são elementos básicos para que o turismo aventura se desenvolva e traga resultados positivos para o lugar onde é instalado. Os remadores do Rio Camaquã, prevendo que o caminho poderá ser longo, já pensam em constituir uma associação ou uma Organização Não-Governamental (Ong), para tratar disso. Nesse meio tempo, a nova descida vai sendo preparada. Ao que parece, e o entusiasmo de todos confirmava, a 13a descida do rio será em março. Quem se habilita?